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16 de Abril de 2024

STF analisará regras do RGPS para averbação de tempo de serviço insalubre de servidores

Em sua manifestação, o ministro Luiz Fux lembrou que o STF, por meio da Súmula Vinculante (SV) 33, já assentou a possibilidade de aplicação das regras do RGPS para assegurar, até a edição de lei complementar específica, a concessão de aposentadoria especial ao servidor que atua em atividade prejudicial à saúde ou à integridade física.

há 7 anos

STF analisar regras do RGPS para averbao de tempo de servio insalubre de servidores

O Supremo Tribunal Federal (STF) irá decidir se é possível a aplicação aos servidores públicos das regras do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) para a averbação do tempo de serviço prestado em atividades exercidas sob condições especiais, nocivas à saúde ou à integridade física, com conversão do tempo especial em comum, mediante contagem diferenciada. O tema será debatido no Recurso Extraordinário (RE) 1014286, de relatoria do ministro Luiz Fux, que teve repercussão geral reconhecida pelo Plenário Virtual. No caso dos autos, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) reconheceu a assistentes agropecuários, vinculados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento estadual, o direito à averbação de tempo de serviço prestado em atividades insalubres, para fins de concessão de aposentadoria especial. Por ausência de lei complementar federal sobre o assunto, o acórdão do TJ-SP assegurou aos servidores a aplicação das regras do RGPS (artigo 57, parágrafo 1º, da Lei 8.213/1991), aplicável aos trabalhadores celetistas. No RE interposto ao Supremo, o Estado de São Paulo alega violação à regra constitucional do regime de previdência dos servidores públicos, que exige lei complementar específica para a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos servidores cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física (artigo 40, parágrafo 4º, inciso III, da Constituição). Manifestação Em sua manifestação, o ministro Luiz Fux lembrou que o STF, por meio da Súmula Vinculante (SV) 33, já assentou a possibilidade de aplicação das regras do RGPS para assegurar, até a edição de lei complementar específica, a concessão de aposentadoria especial ao servidor que atua em atividade prejudicial à saúde ou à integridade física. No entanto, explicou que a SV 33 teve origem na jurisprudência sedimentada no julgamento de inúmeros mandados de injunção nos quais o Supremo acolheu o pedido de concessão da aposentadoria especial, mas não o de averbação de tempo de serviço insalubre para outras finalidades. "Nos debates conducentes à edição da súmula vinculante, a questão da averbação do tempo de serviço insalubre voltou à baila, porém não houve consenso no Pleno do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, o que levou à aprovação de redação minimalista para o verbete, ficando a referida discussão pendente de definição", ressaltou. O ministro observou que, de acordo com as regras da Previdência Social, o tempo de trabalho exercido sob condições especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais à saúde ou à integridade física será somado, após a respectiva conversão ao tempo de trabalho exercido em atividade comum, para efeito de concessão de qualquer benefício. Em seu entendimento, é necessário definir se essa regra pode ser estendida também aos servidores vinculados aos regimes próprios de previdência pública ou se esse ponto específico se enquadra na ressalva da SV 33, que determina a aplicação da legislação previdenciária no regime jurídico da aposentadoria especial do servidor “apenas no que couber”. Segundo o relator, a repercussão geral da matéria se evidencia pela controvérsia jurídica instaurada em todas as instâncias judiciais, refletindo-se na proliferação de demandas com esse conteúdo. Destaca, ainda, o inegável impacto da decisão a ser tomada pelo STF no equilíbrio financeiro e atuarial da previdência pública, exigindo "reflexão mais detida" sobre o tema. A manifestação do ministro Fux, no sentido de reconhecer a repercussão geral da matéria, foi seguida, por maioria, em deliberação no Plenário Virtual do STF.


Processos relacionados RE 1014286

Fonte: STF

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Boa noite Dra Cristiana
Vejo que este artigo é antigo,mas acho q vai voltar a baila devido à reforma q esta sendo proposta...
Não achei nenhum caso parecido com o meu nas minhas pesquisas pela internet...
Sou servidor público federal desde 2012 e em junho completo exatos 25 anos de trabalhos regularmente insalubres,desconsiderando alguns meses em outras atividades.Ocorre q serão 17 anos e 8 meses na iniciativa privada e 7 anos e 4 meses no serviço público,ao qual sabemos,não conta com regulamentação para tais atividades ,apesar de existirem estas funções...a reforma criminosa q está proposta,ridiculamente quer regulamentar a aposentadoria especial de 25 anos ,mas c a absurda exigência de 20 anos de serviço público e 60 anos de idade....o q para quem começar como eu começou aos 18 gerará um "desperdício"...descarte de 17 anos p efeito de contagem.
Terei 46 anos ao completar esses 25 anos insalubres...sendo q tenho "PPP's" positivas p alta temperatura e ruídos, já q cumpri este tempo em Siderúrgica de renome nacional em setores de Aciaria e Laminação de aço...e laudo pericial de insalubridade grau máximo na oficina de fundição na qual trabalho como servidor público federal,onde tbém recebo em contracheque o adicional de insalubridade.
Problema 1:
Todas as simulações no regime geral pedem em uma das exigências, 10 anos como servidor público,mas terei 7 anos e meio...embora a súmula vinculante 33 q remete aos quesitos da especial do INSS n fale em idade mínima e tão pouco em tempo como servidor...
Problema 2:Se eu tiver q trabalhar esses 2,5 anos p atender os 10 anos e nesse tempo a reforma for promulgada,terei eu direito adquirido???Já q n tem previsão de regra de transição na reforma,no caso da especial já que este será uma modalidade nova regulamentada no serviço público...
Problema 3:meu colegas de RH provavelmente n fazem ideia de como proceder p pedir minha possível aposentadoria especial...Neste caso sei q n poderão me ajudar....rssss
Problema 4:caso a reforma seja aprovada enqto aguardo resposta da união e esta resposta seja negativa,poderei ajuizar uma ação c as regras antigas pois fiz o pedido antes da promulgação???

Gostaria ,se possível ,q me respondesse estas questões geradas a partir do meu relato....
grato....

att Luciano continuar lendo